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sábado, 16 de abril de 2011

Vida efêmera


Olá humanos!

Hoje estava indo ao shopping, comprar meu ingresso pra o "Canta Recife 2011"(que depois irei comentar aqui no blog), quando o trânsito ficou lento e o motivo era a morte de um motoqueiro por algum acidente. A área já estava isolada e os curiosos de sempre também já marcavam presença, comentando o fato e também "contemplando" o misterioso fascínio que a morte nos causa, já que estavam ali parados observando o corpo sem vida daquele jovem.
O ônibus passou lentamente ao lado do corpo e isso foi do lado que eu estava sentado, então pude ver esta triste cena... Pude ver a moto no chão, o sangue, um capacete com a viseira quebrada, o corpo semi-coberto com um pano, mas os braços e as pernas visíveis, sujas de sangue... Enfim, enquanto eu estava indo comprar o ingresso de um show, mais uma família dentro de pouco tempo iria, ou já estava de luto pela morte de um ente querido. 

Isso me trouxe a velha reflexão a respeito da vida e da morte, de como ao mesmo tempo, pessoas podem se encontrar nas situações mais opostas. 
Mas você pode se perguntar o que mais um acidente de trânsito numa avenida perigosa tem de "anormal" pra ser aqui citada? E eis que eu te respondo: A questão não é ser "mais uma morte", a questão é que em hipótese alguma a morte de alguém pode ser tratada como "só mais uma".
Ali não estava apenas mais uma vítima do trânsito, ali estava mais uma família de luto, mais um rapaz que devia ter sonhos e planos que tiveram que ser interrompidos. Ali estava se encerrando o ciclo e a história de uma vida e a vida é o que temos de mais precioso, por isso ela nunca pode ser banalizada.

Sabemos que a vida é efêmera(passageira) e que somos frágeis diante dela. Somos como uma folha no outono, que hoje está aqui, mas amanhã pode não mais estar. Assim somos nós, estamos hoje saudáveis e cheios de vida mas amanhã por qualquer motivo podemos ter nossa vida ceifada e nossa história interrompida.
Quando alguém famosa morre, o fato vira notícia e ela fica eternizada, mas quando uma pessoa simples morre, no máximo vira estatística e cai no esquecimento da maioria... Isso é correto? Qual o valor da vida?
Não podemos achar normal ver um corpo sem vida, sejam vítimas do trânsito ou da violência ou de qualquer outra coisa. Não devemos banalizar a morte nem deixar de ficar incomodados diante dela, pois cada vida de alguma forma é especial e tem o seu valor, seja pra muitos ou pra poucos, mas diante da morte sempre haverá alguém de luto.

Nós somos a única classe de seres vivos que tem consciência de que um dia irá morrer. Mesmo assim, procuramos viver de forma digna e boa, tentando realizar sonhos, construir um patrimônio e deixar nossas futuras gerações "bem encaminhadas" para continuar o ciclo da vida. Justamente por saber que vamos morrer mas mesmo assim encararmos a vida com dignidade, que eu respeito e admiro a nossa vida e por isso nunca poderei banalizar a morte de uma pessoa.
Que o Espírito Santo seja o consolador dessa e de todas as outras famílias que se encontram de luto.

Deus abençôe!


"Ó Senhor, que é o homem, para que tomes conhecimento dele, e o filho do homem, para que o consideres?
O homem é semelhante a um sopro; os seus dias são como a sombra que passa."
(Salmos 144, 3-4))

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